sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Carros dos sonhos

Ford Escort XR3: sonho de toda uma geração, travou uma dura batalha pelo posto de melhor esportivo nacional com o Gol GTi. O nome XR3 vem de "Experimental Research 3", e o carro empolgava pelo visual invocado, com direito a rodas de liga leve aro 14, aerofólio traseiro e faróis de milha na frente. Pena que o desempenho não fazia jus ao estilo nervoso: o motor 1.6 CHT não era ruim, mas podia ser mais esperto com seus 83 cv. Saiu de linha em 1996.
VW Santana: tinha tudo para não dar certo. Afinal, ninguém conseguia imaginar como uma marca famosa pelos modelos populares poderia lançar um carro de luxo. Foi diante desta desconfiança que o Santana chegou ao Brasil em junho de 1984. Vendido em três versões (CS, CG e CD), tinha dois itens até então oferecidos apenas em modelos caros: ar-condicionado e direção hidráulica. A opção mais cara tinha câmbio automático. Sofreu uma reformulação radical em 1991, mas passou os anos seguintes sem receber grande atenção da VW. Deixou as ruas em 2005 de forma melancólica, mas até hoje é lembrado com saudade pelos taxistas, especialmente pelo amplo espaço interno e pela robustez mecânica.

Fiat Tempra: há quem diga que a Fiat nunca conseguiu fazer bons sedãs. Os italianos podem até ter decepcionado nos últimos anos com Linea e Marea, mas fizeram bonito com o Tempra. Lançado aqui em 1991, um ano depois de ser apresentado na Itália, ele tinha vidros e travas elétricas, ar-condicionado, direção hidráulica progressiva, toca-fitas, rodas de liga leve e até acabamento de madeira. A estrela da linha era o Tempra Turbo, inicialmente vendido apenas na bela carroceria de duas portas. Seu motor 2.0 8V com injeção eletrônica recebeu uma turbina Garrett T3, rendendo 165 cv. Resultado: ganhou o título de carro mais rápido do país, chegando aos 212,8 km/h.

VW Gol GTi: substituir o bem-sucedido GT era a dura missão da Volkswagen no fim dos anos 80. E não é que a marca fez um gol de placa com o GTi? A grande estrela do Salão do Automóvel de 1988 atraiu os visitantes pelo design moderno, realçado pela bela combinação das cores azul e cinza (na parte inferior). Com 120 cv, o motor AP-2000 era quase o mesmo do Santana, mas com uma importante novidade: a adoção da injeção eletrônica de combustível. Foi o primeiro carro nacional a dispensar o carburador. O GTi evoluiu juntamente com a segunda geração do Gol, ganhando um inédito motor 2.0 de 16 válvulas vindo da Alemanha. O carro sobreviveu até 2000, e desde então nunca mais voltou.

KADETT GSI

No início de sua fabricação, em 1989, o Kadett brasileiro trouxe para a arena esportiva o GS, um rival à altura do Gol GTS. Mas para enfrentar o GTI, pioneiro na eletrônica, seria necessário o GSi, com injeção multiponto, freios a disco nas quatro rodas, ABS opcional e painel digital, algo totalmente high tech para a época. Uma pequena partedessa produção era enviada para o estúdio de Nuccio Bertone, na Itália, onde recebia uma apaixonante carroceria cabriolet (conversível). Quatro meses depois, os carros estavam de volta à São Caetano (SP), onde eram finalizados. Assim nascia o que foi provavelmente o mais exclusivo carro brasileiro de sua época. Eu partiularmente não gosto de carros conversíveis, mas esse ficou tri loco.


GOL (2ª Geração)

Pressionada pela revolução do Corsa, a geração “bolinha” garantiu a competitividade do líder de vendas da VW ao longo da década de 90. Apesar de não corrigir algumas características criticadas no projeto, como a posição de dirigir deslocada, o Gol de segunda geração suavizou as linhas totalmente quadradas do anterior, e deixou como legado o melhor desempenho de toda a sua história, materializado na forma do Gol GTI 16V, aquele com um diabólico ressalto no capô, capaz de ultrapassar os 200 km/h.


OMEGA

Provavelmente o melhor automóvel fabricado no Brasil. Elegante, espaçoso, veloz, gostoso de dirigir, moderno e durável, exibia qualidades em cada detalhe. Sedã clássico de tração traseira e motor forte - primeiro um seis cilindros alemão de 3.0 litros, depois o antigo 4.1 reformado pela Lotus – ainda teria uma versão perua com o justificado nome Suprema. Durou de 1992 a 1998, quando passou a ser apenas um entre tantos importados.


Lançado em junho 1988, até 1991 foi disponibilizado com diversas opções de motorização com potência que variava de 57 até 146 cv de motores a gasolina 1.1, 1.4, 1.6, 1.7, 1.8, 1.8 16v, 2.0, e 2.0 16v, bem como 1,7 e 1,9 diesel e 1,9 turbodiesel. O motor mais básico era o 1.1 L, considerado como fraco para o carro; mas o modelo mesmo assim oferecia grande espaço e equipamentos acima da média. O título de top de linha da gama ficava com o Sedicivalvole 2.0 (16V), lançado em 1991.
Em 1993, o Tipo passou por um facelift, ganhou uma versão três portas e, em 1994, passou por melhorias de segurança, com a inclusão de airbag para o motorista e barras de proteção nas laterais do interior.[2]
A produção do Tipo foi encerrada no verão de 1995, tendo como substituto o Fiat Bravo de sete portas e o Fiat Brava de cinco portas. O seu derivado, Fiat Tempra, também fora descontinuado e substituído pelo Fiat Marea. O Bravo e Brava alcançaram excelentes vendas em toda a Europa e Brasil, mas o Marea acabou sendo uma decepção na maioria dos mercados.



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